BH terá que conviver com flexibilização do comércio até surgir vacina, diz secretário

BH terá que conviver com flexibilização do comércio até surgir vacina, diz secretário

Enquanto não surgir a vacina contra o novo coronavírus, Belo Horizonte terá que conviver com a flexibilização do comércio, dependendo da avaliação do quadro da pandemia. A avaliação é do secretário de Saúde da capital, Jackson Machado.


De acordo com ele, a disponibilização de leitos não permite necessariamente a flexibilização, pois o crescimento da doença é muito rápido. 


“O que importa é a trajetória de subida (ou descida), já que os leitos em números absolutos são sempre menores que a eventual demanda no caso de explosão da contaminação. Em todo lugar do mundo onde a doença teve surto grave não houve nem leitos nem equipe médica o suficiente para a assistência. Nessa lógica, garantir assistência com mais leitos é fundamental, mas ampliar leitos somente para flexibilizar a qualquer custo significa admitir mais doentes graves e mais mortes. Não há capacidade para um surto descontrolado em uma cidade de 2,5 milhões de habitantes”, destacou o secretário.


De acordo com a prefeitura, a ampliação de leitos de internação para covid-19 supera 500% de março até agora. Sob a gestão do SUS-BH, são 1.237 leitos, sendo 902 de enfermaria e 335 para UTI. Em março, eram 196 leitos covid: 82 de UTI e 114 de enfermaria.


A prefeitura ressalta que o ‘ponto de maior atenção ainda é o crescimento sistemático da ocupação de leitos, em especial de UTI para Covid-19, que está em 87% (vermelho), apesar do incremento de 34 leitos em relação à semana anterior. O índice de enfermarias para covid-19 teve uma leve queda, mudando de 69% na semana anterior para os atuais 67% (amarelo), pelo fato da ampliação de leitos nos últimos dias’.


Dados do 8º Boletim de Monitoramento da Covid-19, contendo os indicadores epidemiológicos dos últimos sete dias, demonstram essa progressão. De acordo com o relatório, o nível de alerta geral permanece pela quarta semana consecutiva no vermelho (nível de alerta máximo). O ritmo de difusão da contaminação (medido pelo Rt) aumentou em relação à última semana, de 1,09 para 1,13 (amarelo), indicando crescimento significativo no número de casos.


* com informações da Rádio Itatiaia

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