Após a eleição do presidente Lula (PT) e a nomeação de um quantidade enorme de pessoas para fazer parte da equipe de transição (mais de 400 pessoas), os partidos que fazem parte da coligação já começam a disputa acirrada por ministérios e cargos.
A briga nos bastidores é pelo fatiamento dos cargos entre lideranças e apoiadores e a equipe de transição já dá sinais de que devem ser criados cerca de dez novos ministérios no novo governo e milhares de cargos de 1º, 2º e 3º escalão.
O PSB, de Carlos Siqueira, tem em mente sugerir Marcelo Freixo, Márcio França ou Paulo Câmara para as pastas do Turismo e das Cidades. Mas, tudo ainda depende de aval do PT, que tem criticado a sede do partido por cargos. No entanto já é dado como certa a condução do senador eleito Flávio Dino para a pasta da Justiça.
Outro partido que já está cobrando a sua fatura pelo apoio é o PSD de Kassab. Com vários nomes fazendo parte da equipe de transição, o partido está cobiçando pelo menos dois ministérios. Um dos cotados para assumir uma pasta é o atual senador mineiro Alexandre Silveira que perdeu a reeleição para o bolsonarista Cleitinho e atua na equipe de transição na equipe de infra-estrutura.
Outros partidos que estão se degladiando nos bastidores são o MDB de Renan Calheiros, o PSOL e o PCdoB de Manuela Dávila. Com exceção do MDB, PSOL e PCdoB deverão se contentar com cargos de pouca expressão, já que o tamanho da bancada dos dois partidos é insignificante para trazer algum prejuízo político para Lula no Congresso.
O PT entretanto deverá indicar os ministros mais importantes e em contrapartida planeja colocar como barganha por cargos, a aprovação da PEC fura-teto que tramita no Congresso.