A Polícia Militar de Coronel Fabriciano, no Vale do Aço, apreendeu um adolescente de 17 anos que invadiu, nesta terça-feira (18), uma escola pública da cidade, danificou computadores e colocou fogo em alguns documentos. Antes, segundo a PM, ele ateou fogo a um carro que estava estacionado na porta da prefeitura da cidade e espalhou bombas em pontos da cidade.
Segundo o comandante do 58° Batalhão da Polícia Militar, tenente Coronel Warley Geraldo Silva, o carro do modelo Toyota Ethios pertencia a uma funcionária. Um jardim da propriedade também foi atingido.
Após o primeiro ataque, segundo o tenente, o jovem teria pego um moto-táxi para ir até a Escola Estadual Alberto Giovanini, onde estuda. Lá, ele teria danificado alguns materiais da secretaria da unidade.
“Por ser aluno da escola, ele conseguiu entrar facilmente e informou que iria devolver umlivros. Ele foi até a secretaria e ordenou que todos saíssem da sala. Lá, ele fechou a porta, danificou alguns materiais e ateou fogo em documentos. No entanto, a ação da polícia e dos bombeiros foi rápida e o fogo não se alastrou”, contou o comandante. Segundo ele, o ataque foi apenas a bens materiais e não houve atentado a nenhuma pessoa diretamente. "Ele deixou claro que não queria matar ninguém e apenas chamar atenção para sua causa", afirma
Ao ser ouvido pelos militares que atenderam a ocorrência, o jovem afirmou que não ia a aula há três semanas e não pretendia machucar ninguém. Segundo ele, o ato foi em protesto ao Estado e às instituições.
“Conversamos com ele, não nos parece alguém que sofra de algum problema psicológico, mas vamos apurar se ele toma algum medicamento. Ele nos falou que estava revoltado com o governo, vacina e alimentos transgênicos”, destacou o tenente coronel.
O adolescente seria levado à Delegacia da Polícia Civil onde ficaria com os responsáveis legais. As aulas do turno da manhã acabaram sendo interrompidas pela ocorrido, segundo o comandante da PM de Coronel Fabriciano.
Bombas
Ao ser preso, o adolescente informou a PM que havia espalhado pela cidade alguns artefatos explosivos caseiros.
“Deslocamos até os locais apontados e identificamos os materiais, que já foram isolados. Um na rodoviária e outro em uma agência bancária”, informou.
"Ele comentou que aprendeu a fazer os explosivos na internet e utilizou apenas pólvora. Eram artefatos incendiários", explicou o tenente coronel.