A Samarco informou, nessa sexta-feira, que entrou em acordo com os sindicatos Metabase Mariana (Minas Gerais) e Sindimetal (Espírito Santo), que representam funcionários da empresa, para a realização do Programa de Demissão Voluntária (PDV). A previsão é que 600 empregados sejam demitidos até dezembro deste ano.
Por meio de nota, a empresa informou que precisa reduzir o quadro de funcionários de 1.735 para 1.135 devido "à realidade da empresa", que está com as operações paralisadas desde novembro de 2015. A Samarco pretende retomar as atividades, ainda sem data prevista, com 26% da capacidade operacional.
Os interessados devem se manifestar a partir da próxima segunda-feira (20) até 1º de dezembro. Pela PDV, a Samarco vai disponibilizar aos funcionários: 50% do salário para cada ano de trabalho, limitado a quatro salários, três salários fixos limitado a R$7.500, desligamento por iniciativa da empresa e plano de saúde por seis meses, a partir da data de desligamento do empregado.
Ainda no comunicado, a empresa destacou que tentar manter o quadro de colaboradores, concedendo férias coletivas, licença remunerada e dois períodos de layoff - suspensão do contrato de trabalho. O último layoff começou em junho deste ano e continua até março de 2018. Os funcionários desse período também podem pedir demissão.
Caso o PDV não consiga atingir a meta de 600 funcionários, a Samarco vai realizar um Programa de Demissão Involuntária (PDI).
Versões diferentes
Segundo a Samarco, foram os sindicatos que apresentaram a proposta de PDV. No entanto, o Metabase nega.
“A empresa informou que precisava demitir, e entramos nesse acordo com os benefícios. Mas não somos a favor de nenhuma demissão”, afirmou o secretário Ronilton de Castro Condessa. Até a noite desta sexta, nenhum representante do Sindimetal foi localizado para comentar o caso.
