STJ decreta prisão imediata de Robinho por estupro

STJ decreta prisão imediata de Robinho por estupro

O Superior Tribunal de Justiça (STJ) decidiu por maioria de votos confirmar a prisão do ex-jogador Robinho em solo brasileiro pelo crime de estupro coletivo, ocorrido na Itália em 2013. A decisão, tomada pela Corte Especial do STJ, contou com nove ministros a favor do pedido da Justiça italiana, enquanto dois se posicionaram contra.


A decisão também incluiu a maioria pelo cumprimento imediato da pena, que agora aguarda a execução pela Justiça Federal de Santos. Esta determinação reacendeu o debate sobre a justiça e os direitos das vítimas em meio a um contexto marcado por polêmicas políticas e sociais.


Robinho, ex-atleta que acumulou passagens por grandes clubes brasileiros e europeus, foi denunciado junto com outros cinco amigos por estupro, após um incidente ocorrido em uma boate em Milão, na Itália. O caso, que data de janeiro de 2013, teve desdobramentos judiciais que culminaram na condenação do jogador em última instância pela justiça italiana em 2022.


A defesa de Robinho já sinalizou a intenção de solicitar um Habeas Corpus, estratégia que busca contestar a decisão do STJ. Além disso, há a possibilidade de recurso ao Supremo Tribunal Federal (STF), o que poderia postergar ainda mais a execução da pena.


O advogado da vítima, Jacopo Gnocchi, expressou satisfação com a decisão do STJ, destacando a confiança no sistema judiciário brasileiro e a importância do cumprimento da sentença como forma de respeitar as vítimas e promover a justiça.


Entretanto, o caso de Robinho continua a dividir opiniões, especialmente sobre a garantia dos direitos das vítimas e a responsabilidade dos agressores. A trajetória legal do ex-jogador, desde as primeiras denúncias até a decisão do STJ, evidencia a complexidade e sensibilidade dos casos de violência sexual, colocando em pauta a necessidade de um sistema jurídico eficiente e sensível às demandas sociais.


Enquanto o debate segue acalorado nos tribunais e na opinião pública, a decisão do STJ marca um capítulo significativo na busca pela justiça e pela responsabilização de indivíduos acusados de crimes graves, como o estupro coletivo. O desfecho deste caso emblemático certamente continuará a reverberar no cenário jurídico e social do Brasil.

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