Mais três mortes por febre amarela são registradas em Minas

Mais três mortes por febre amarela são registradas em Minas

Mais três mortes por febre amarela são registradas em Minas


Em um dia, três novas mortes por febre amarela foram confirmadas em Minas Gerais, nas cidades de Nova Lima, na região metropolitana, e Mar de Espanha e Barra Longa, na Zona da Mata. Com isso, o Estado já soma seis óbitos pela doença – um registrado no final de dezembro passado e cinco neste mês. Outros dez casos suspeitos seguem em investigação, sendo que quatro deles evoluíram para óbito.


De acordo com a Prefeitura de Nova Lima, a nova vítima na cidade é um homem de 46 anos, morador do bairro Santa Rita, que morreu no último domingo. A cidade já tem dois óbitos confirmados – a primeira vítima também foi um homem de 46 anos, residente em São Paulo, que passou as férias de fim de ano na cidade mineira – e investiga outros três casos. O município está reforçando a vacinação e, nos bairros onde há casos suspeitos ou confirmados, equipes estão passando de casa em casa para realizar a imunização.


As prefeituras de Barra Longa e Mar de Espanha não foram encontradas no fim da tarde de pela reportagem para falar sobre os óbitos, mas, de acordo com a Secretaria de Estado de Saúde (SES) todas as vítimas são homens, não vacinados contra a febre amarela e de 33 a 51 anos de idade. Houve óbitos por febre amarela também nos municípios de Carmo da Mata, na região Centro-Oeste de Minas, e Brumadinho, na região metropolitana de Belo Horizonte.


Além dos seis óbitos, um caso de febre amarela confirmado em Brumadinho teve cura. Com isso, a letalidade da doença em Minas Gerais, no período de monitoramento 2017/2018, iniciado em julho do ano passado, é de aproximadamente 85,7%.


Suspeitos. Além de Nova Lima, seis municípios têm casos suspeitos de febre amarela no Estado. Estão na lista, com um caso em investigação, Brumadinho, Barra Longa e Estrela do Indaiá, na região Centro-Oeste, Goianá, na Zona da Mata, e Teófilo Otoni, no Vale do Mucuri.


Já Mariana, na região Central, investiga duas mortes suspeitas da doença. No município, também foram encontrados três macacos mortos com suspeita de febre amarela, sendo que um deles apresentou resultado positivo.


Um total de 21 municípios mineiros tem epizootias (morte de macacos) com confirmação de circulação do vírus da febre amarela, inclusive Belo Horizonte.


Na capital, os parques das Mangabeiras e da Serra do Curral, e Mirante da Serra do Curral, todos na região Centro-Sul, foram fechados para evitar a proliferação da doença.


No parque estadual da Serra do Rola Moça, a visitação está suspensa. (Com Franco Malheiro)


3,6 milhões de mineiros não se vacinaram


Cerca de 3,6 milhões de pessoas ainda não se vacinaram contra a febre amarela em Minas Gerais, segundo estimativa da Secretaria Estado de Saúde (SES). A maioria dos não imunizados tem entre 15 e 59 anos, a faixa etária mais afetada pela epidemia da doença no ano passado – entre julho de 2016 e junho de 2017, foram confirmados 475 casos, sendo que 162 evoluíram para óbito.


Atualmente, a cobertura vacinal de febre amarela em Minas está em torno de 81%. Entre os 853 municípios mineiros, 42,75% (342) ainda não alcançaram 80% de cobertura vacinal.


Saiba mais


Vacinação. O Ministério da Saúde anunciou uma campanha emergencial de vacinação para conter o avanço da febre amarela em São Paulo, na Bahia e no Rio de Janeiro, em áreas que até então não tinham recomendação para imunização contra a doença. Nos três Estados, a meta será a de alcançar 19,7 milhões de pessoas imunizadas. A vacina será fracionada em diversos municípios brasileiros. Apesar de eficaz, ela tem tempo de duração menor que a integral.

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