O mosquito-palha, transmissor da doença, pode ser reproduzir em ambientes em florestas ou ambientes modificados
O município de Ipatinga confirmou mais uma morte por leishmaniose visceral humana, no início de dezembro. Este é o quinto registro no ano de 2017, pela Secretaria Municipal de Saúde (SMS). A vítima, de 35 anos, do bairro Iguaçu, buscou atendimento médico já com estágio avançado da doença e não resistiu, conforme divulgou a secretaria.
Ao todo, neste ano foram 75 casos notificados à Secretaria de Saúde, entre suspeitos e confirmados. A Seção de Controle de Zoonoses ainda confirmou a leishmaniose visceral em 1.150 cães na cidade.
Gerente da repartição, o veterinário Fernando Anacleto, afirma que os sintomas da doença podem ser discretos e que por isso, a atenção deve ser redobrada. “A leishmaniose visceral pode se manifestar por sintomas como febre, perda contínua de peso, problemas intestinais, aumento do baço e fígado. Nos cachorros a patologia pode ser assintomática ou pode apresentar lesões e emagrecimento progressivo”, ressalta Fernando.
Transmissão
Os dois tipos de leishmaniose, cutânea e visceral, é transmitida pelo mosquito-palha, inseto do gênero Phlebotomus. Roedores, marsupiais silvestres e animais domésticos, sobretudo os cachorros, podem servir de reservatório para os parasitas.
O mosquito-palha possui comportamento bem diferente do Aedes aegypti. O inseto realiza a postura dos ovos em matéria orgânica em decomposição encontradas em matas e também no lixo doméstico. O gerente de Controle de Zoonoses destaca a importância de realizar a limpeza periódica dos ambientes externos e criadouros de animais.
“O desenvolvimento do mosquito-palha se dá em folhas em decomposição, restos de alimentos e até fezes de animais. Por isso, é necessária a limpeza dos jardins, canteiros e nos viveiros dos cães e outros animais. Ainda é indicado o uso esporádico do cal para eliminar os ovos do inseto”, pontua Fernando.
* Com informações do jornal Diário do Aço