Ex-presidente da Câmara de BH passa a noite na cadeia

Ex-presidente da Câmara de BH passa a noite na cadeia

Wellington Magalhães (PSDC) é acusado de liderar organização criminosa que desviou milhões dos cofres públicos no Legislativo


O ex-presidente da Câmara de Vereadores Belo Horizonte, Wellington Magalhães (PSDC) entregou-se à Polícia Civil por volta das 21h de terça-feira e passou a noite na cadeia.

Entretanto, o vereador deverá ser liberado nesta quarta-feira (25), após participar de audiência de custódia na 4ª Vara Criminal de Belo Horizonte. O procedimento é adotado em no máximo em 24 horas para todas as pessoas que têm a prisão decretada.

Acompanhado de seu advogado, Leonardo Salles, o parlamentar seguiu para o Instituto Médico-Legal, para fazer exame de corpo de delito. Seria encarcerado na Penitenciária Nelson Hungria, em Contagem, onde ficaria detido em cela especial cumprindo prisão preventiva,mas houve uma fuga de tres detentos do presídio e Wellington Magalhães foi levado para outra unidade.


O vereador Wellington Magalhães teve a prisão decretada pela Justiça no dia 18/4 a pedido do Ministério Público de Minas Gerais, mas não foi encontrado em sua casa, na avenida Otacílio Negrão de Lima, na orla da Lagoa da Pampulha, nem em seu gabinete na Câmara. 

No último dia 18, policiais civis cumpriram oito mandados de prisão e de busca e apreensão nas investigações sobre fraude de mais de R$ 30 milhões em licitações da Câmara Municipal, dentro da Operação Sordidum Publicae (Política suja). 

Segundo o MP, Magalhães liderava organização criminosa no Legislativo municipal. A prisão preventiva é cumprida por tempo indeterminado e foi ordenada pela 4ª Vara Criminal de Belo Horizonte. Como tem mandato parlamentar, Wellington Magalhães tem direito a cela especial.

Além de Wellington Magalhães, foram presos a mulher dele, Kelly Magalhães, Márcio Fagundes, Marcus Vinicius Ribeiro, Rodrigo Dutra de Oliveira, Christiane de Castro Melo Cabral Ribeiro, Frederico Ribeiro Guedes e Paulo Victor Damasceno Ribeiro. 

De acordo com as investigações, quando Wellington Magalhães assumiu a presidência da Câmara, em 2016, ele cancelou sem justificativa contrato de publicidade no valor de R$ 10 milhões. E abriu outro contrato, de R$ 30 milhões, direcionado a outra empresa. 

As investigações apontaram ainda tentativas de obstrução da Justiça, o que motivou o pedido de prisão preventiva das oito pessoas. A operação que culminou nas prisões também apreendeu bens, como carros e computadores, e documentos dos investigados. Todos os envolvidos negam as acusações.

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